Há mais de um século, uma multidão de milhares de operários realizou
uma manifestação na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, para exigir a
redução da jornada de trabalho de mais de 16 horas para 8 horas diárias. Os
manifestantes foram brutalmente reprimidos pela polícia e por indivíduos
armados de uma empresa de segurança. Esse acontecimento deu origem ao 1º de maio.

No capitalismo, a luta de classes entre trabalhadores e capitalistas
(empresários) é incessante: de um lado, os capitalistas tentam a todo custo
aumentar a exploração da força de trabalho, pagando salários menores,
aumentando a jornada de trabalho e negando as suas necessidades; por seu lado,
os trabalhadores resistem, lutando por melhores salários, por condições
satisfatórias de trabalho e contra a exploração. Isso demonstra que a
conciliação entre essas duas classes é impossível. Diante dessa
impossibilidade, o estado age, através dos governos, do parlamento e do poder
judiciário para tentar impedir que a revolta dos trabalhadores destrua o
capitalismo, que se baseia na exploração dos que trabalham e produzem as
riquezas nessa sociedade. Para isso, os governos utilizam as leis e as diversas
forças policiais, inclusive as forças armadas, para reprimirem os
trabalhadores. Assim, enquanto houver capitalismo, ao contrário do que os
capitalistas e os dirigentes do estado desejam, a repressão não poderá impedir
a luta de classes.
A exploração e a dominação dos trabalhadores, assim como a luta de
classes só podem acabar com a abolição do capitalismo e do estado. Mas isso não
pode ser feito por partidos nem sindicatos. A libertação dos trabalhadores só pode ser alcançada pela sua própria
luta auto-organizada e autogerida. Neste 1º de maio, chamamos todos os
trabalhadores explorados e desempregados a se solidarizarem e a assumirem a luta para abolir o capitalismo e o estado
e estabelecer a autogestão social.
MOVIMENTO AUTOGESTIONÁRIO
Comentários
Postar um comentário