
Um bom ponto de partida é evidenciar que só a partir da ação livre e direta de todos os estudantes, professores, técnicos-administrativos e terceirizados, auto-organizados a partir de seus locais de trabalho e estudo, podem esperar ter lugar ao Sol, resistir aos ataques à Educação e radicalizar suas lutas.
Exemplos e experiência de lutas recentes na educação brasileira não faltam. Por menos, os secundaristas de Goiás e São Paulo, em 2015, ocuparam ativamente seus locais de estudo e deram uma lição de luta autônoma mostrando que é possível barrar sim ataques dos mais diversos e perversos, sem precisar de políticos profissionais, organizações burocráticas e falsos "porta-vozes" do movimento.
Mas é preciso ir além. Não é somente no elogio acrítico as formas de auto-organização que é possível avançar para além da resistência. É necessário criar centros de contrapoder nas escolas, universidades e institutos federais, que inaugurem uma nova correlação de forças favorável ao processo de contestação mais amplo da sociedade, o que significa a articulação com os trabalhadores, desempregados e demais classes desprivilegiadas da sociedade brasileira.
Como diria Maurício Tragtenberg: não há luta por procuração. Somente a associação livre e consciente entre os que lutam pode nos tirar não só desse momento infernal, mas apontar para a recusa radical das condições que produzem o inferno em sua totalidade.
Texto de Gabriel Teles, Militante do MOVAUT-SP.
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